A união da comunidade

O período de compra do terreno e construção do campo foi marcado por uma intensa aproximação e convivência da comunidade. Em boa parte, tudo se deu com a ajuda de amigos e simpatizantes que, mesmo não se interessando pelo golfe, terminaram por dar sua contribuição ou por comprar um título de sócio. Desde o início, já eram realizados jantares, nos quais as contas orçamentárias eram prestadas e todos eram informados sobre o andamento das obras, num esforço de fazer uma administração a mais transparente possível. Um bom exemplo dessa prática democrática ocorreu logo após a compra do terreno.

Era preciso mostrar aos sócios onde estava indo o dinheiro confiado. Por isso, no dia 29 de junho de 1966 aconteceu no terreno uma churrascada de confraternização com a presença dos 165 associados e seus familiares. Eram mais de 1.500 pessoas espalhadas por uma área em parte virgem e em parte desmatada, na qual ainda era impossível vislumbrar o belo campo e a peculiar sede que anos depois seriam construídas no local. O churrasco não foi bancado pelo caixa do clube, mas pela cotização pessoal dos 33 membros da diretoria e da suplência; e como ainda não havia sede, os 500 quilos de carne foram preparados e armazenados na própria casa de Isao Ono, e transferidos para o terreno apenas no dia da festa.

O grande churrasco de confraternização, além de aproximar os sócios e colocá-los sob o chão em que surgiria o campo, dando-lhes a confiança típica da concretude e da realidade, também teve um retorno financeiro e de crescimento. Cem pessoas, ao verem a área, ao conversarem com os organizadores, e ao sentirem a energia positiva advinda da alegria e da convicção daqueles golfistas, decidiram também se associar; e isso gerou um fôlego primordial para a construção do campo.

Cerimônia religiosa de inauguração realizada pelo padre Takeuchi. À esq., de terno, Isao Ono, um dos idealizadores do campo